A Alda Rocha criou o projeto Codamos, uma plataforma que pretende ajudar mulheres a encontrarem eventos de tecnologia que tenham a ver com seus interesses e perfis. A ideia, é claro, é expandir para outras minorias que também têm dificuldade para enxergar que esse mercado pode ser, sim, uma possibilidade de carreira. O processo de criação deste projeto é só uma parte desta entrevista, e um dos motivos pelos quais ele é tão interessante é que reflete muito bem as batalhas que a própria Alda enfrentou e enfrenta.
Nós conversamos durante o BrazilJS, um evento que aconteceu em Porto Alegre no final de agosto. A Alda fez a palestra de encerramento: foi aplaudida de pé por uma plateia emocionada. Afinal, não é sempre que um evento de tecnologia tem uma mulher no palco tão disposta a falar abertamente sobre o quanto já sofreu com o machismo nas empresas por onde passou e, mais do que isso, revelar que transformar o mundo é muito mais do que uma bandeira. É uma necessidade: a Alda tem filhas que pretendem ser profissionais na área de tecnologia.
A Alda é enfática quando defende que não devemos mais ensinar as meninas a buscarem um ideal de perfeição. Quem sente que precisa ser perfeita não tem coragem para se arriscar. Está na hora de falarmos de bravura e ousadia. A Alda, sem dúvida, ensina pelo exemplo.
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Coisas que a gente cria é um podcast de entrevistas criado por mim, Barbara Nickel. Eu sou uma jornalista de Porto Alegre e resolvi entrevistar pessoas que considero inspiradoras.
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